Isabel Barros


Coreógrafa, encenadora, cofundadora do balleteatro (1983), diretora artística do Teatro de Marionetas do Porto desde 2010 e do Museu das Marionetas do Porto inaugurado em Fevereiro de 2013. Tem um vasto percurso de criação artística, no qual destaca o cruzamento de linguagens, nomeadamente dança, teatro e marionetas. Marcadamente multidisciplinar, a artista, é apaixonada por projetos, que se expandem e se desenvolvem em múltiplas direções. Na criação, destaque para composições mistas: atores, bailarinos, cantores e pessoas da comunidade com ou sem formação específica. A sua obra pode ser consultada nos sites do balleteatro e das Marionetas do Porto. Inspirada pelo mar e pelas pessoas, encontra na simplicidade e fluidez das relações a maior força. Enquanto cofundadora e diretora do balleteatro, tem contribuído para o reconhecimento da instituição como uma das mais importantes no país no âmbito da criação, produção e formação no teatro e na dança.

A sua paixão pela cidade, provocou desde cedo um grande interesse em desenhar momentos de programação ligados à dança, ao teatro, à música e à performance, privilegiando formatos transversais e alternativos e dedicando momentos para criadores emergentes, são disso exemplo: Intermitências, Ciclo Movimentos, Improvisações, entre outros e o mais recente: CORPO + CIDADE, festival criado em 2014 e dedicado à performance em espaço público, o qual desde 2016 passou a integrar a programação do Festival DDD.

O seu trabalho como programadora foi destacado, o balleteatro, recebeu o prestigiado Prémio Almada atribuído pelo Ministério da Cultura. Colaboradora com diversas redes nacionais e internacionais, foi membro do conselho artístico Repérages Danse à Lille de 1999 até ao fim; como membro do Conselho foi responsável pela escolha de coreógrafos portugueses, ou residentes em Portugal, para participarem nas sessões anuais deste Festival de Jovem Coreografia.

Tem sido regularmente convidada como coreografa, encenadora, consultora artística e professora em instituições de referência nacional.

Dedica-se à escrita, de artigos e textos relacionados com o seu trabalho e com questões de cidade. Em 2008 lançou o seu primeiro livro: Quando é que chegamos?

É responsável pela coordenação de vários projetos artísticos de carácter social com diferentes comunidades, destacando o seu interesse p ela ligação da arte com a sociedade de forma próxima e sensível.

Pelo seu trabalho e mérito vem referida em duas publicações dedicadas a figuras importantes do Porto: Dicionário de Personalidades Portuenses do Século 20, Porto 2001, Porto Editora; O Porto e as suas Mulheres, de Beatriz Pacheco Pereira, Folio Edições, 2005

Em 2018 recebeu a Medalha Municipal de Mérito - Grau Ouro. O Porto é a sua cidade de origem e de eleição, na qual desenvolve o seu trabalho com sentido de urgência e forte dimensão social.